"E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna. 1 João 5:20"

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

EXPLICAÇÕES DO NOVO TESTAMENTO: DE ATOS AO APOCALIPSE


 Capítulo 9. EXPLICAÇÕES DO NOVO TESTAMENTO: DE ATOS AO APOCALIPSE
Este capítulo é uma continuação do Capítulo 8 – EXPLICAÇÕES DO NOVO TESTAMENTO: OS EVANGELHOS. Ele explica alguns versículos do Novo Testamento, de Atos ao Apocalipse, que são, às vezes, usados para ensinar a pluralidade de pessoas na Divindade. No  (Capítulo 8 – EXPLICAÇÕES DO NOVO TESTAMENTO: OS EVANGELHOS trata de alguns desses versículos, enquanto relacionados a questões levantadas pelos Evangelhos).
A Mão Direita De Deus
Numerosas passagens, no Novo Testamento, nos falam de Jesus assentado à mão direita de Deus. Pedro usou essa expressão em Atos 2:34, citando o Salmo 110:1.
 De acordo com Atos 7:55, Estevão levantou seus olhos para os Céus, enquanto era apedrejada até a morte e "viu a glória de Deus, Jesus, que estava à sua direita." o que significa essa expressão? Significa que há duas manifestações físicas de Deus, no céu? Deus e Jesus, com o segundo permanecendo permanentemente a mão direita de Deus? Foi isso que Estevão viu?
 Não é correto interpretarmos "a mão direita de Deus", literalmente, como uma mão física. Primeiro porque nenhum homem jamais, a Deus, nem ninguém pode vê-lo (João 1:18; I Timóteo 6:16; I João 4:12). Deus é Espírito e, como tal, Ele é invisível  (I Timóteo 1:17). Ele não tem uma mão direita física, a menos que Ele escolha se manifestar em forma humana. Sabemos que Estevão não viu, literalmente Deus de Jesus, separados. Se ele viu duas pessoas, porque iria  ignorar uma delas, orando apenas a Jesus? (Atos 7:59 e 60). Se ele viu manifestações físicas, separadas, do Pai e do Filho, por que não viu o Espírito Santo, a terceira pessoa?
Uma leitura cuidadosa de Atos 7:55, nos permitirá afirmar que Estevão não viu Deus separado de Jesus. O versículo 55 não diz que Estevão viu o Espírito de Deus, mas nos diz que ele viu "A glória de Deus e Jesus. No versículo 56, Estevão disse:” Eis que vejo céus abertos e o Filho do homem em pé à destra de Deus “. A única imagem visual ou pessoa que Estevão realmente viu foi Jesus Cristo.
Outros problemas surgem quando tomamos "A mão direita de Deus" no seu sentido literal. Jesus está sentado à mão direita de Deus, como registra Atos 2:34, ou está em pé à destra de Deus, como está registrado em Atos 7:55 e 56? Jesus está sentado sobre a mão direita de Deus, e estendida, o está sentado ao lado da mão direita? Jesus está no colo de Deus? (João  1:18). O que comentar a respeito de Apocalipse 4:2, que descreve no trono no céu e Um que está sentado no trono? O Pai está sentado no trono, e Jesus está assentado ao lado? O que dizer, então, a respeito do fato de Jesus ser o que está sentado no trono? (Apocalipse 4: 2,8; 1: 8,18).
Obviamente, então, a descrição de Jesus, à mão direita de Deus, tem que ser figurativa ou simbólica. Na verdade isso fica evidente a partir de numerosas referências, através de toda a Bíblia, a mão direita de Deus. No Salmo 16:8, Davi escreveu: "O SENHOR, tendo-o sempre à minha presença; estando ele à minha direita não serei abalado". Será que isso significa que o SENHOR estava sempre, fisicamente, presente à direita de Davi? O Salmo 77:10 diz: "E logo me lembrei dos anos da destra do Altíssimo". O salmista prometeu se lembrar dois anos quando Deus tinha a mão direita? O Salmo 9:1 declara, a respeito do SENHOR: "A sua destra e o seu braço santo lhe alcançaram a vitória". Isso significa que Deus derrotou seus inimigos, tendo a mão esquerda mantida às costas, e esmagando-os com a sua mão direita física? O Salmo 109:30 de uma firma que o SENHOR "Se põe em à direita do pobre". Ele, fisicamente, permanece junto aos pobres, durante todo o tempo? O SENHOR declarou, em Isaías 48:13: "A minha destra estendeu os céus", e, em que o Isaías 62:8 o SENHOR jogou pela sua mão direita. Deus estendeu uma grande mão e, literalmente, cobriu o céu? O Deus colocou sua mão esquerda sobre sua mão direita e jurou por ela? Jesus expulsou demônios pelo dedo de Deus (Lucas 11:20). Ele apanhou dos  céus um dedo gigantesco e expulsou o demônio das pessoas?
Naturalmente, a resposta a todas essas perguntas é "Não". Portanto, precisamos entender "Mão direita de Deus" num sentido figurativo, simbólico ou poético e não no sentido físico, real. Assim sendo, o que significa a frase?
Na Bíblia, a mão direita significa força, poder, importância e preeminência, assim como no nosso uso comum, em frases como: "Ele é minha mão direita", ou, "Eu daria minha mão direita por isso". O estudioso  trinitárianista Bernard Ramm diz: "Falamos da onipotência de Deus em termos de mão direita, porque, entre os homens, a mão direita é símbolo de força e  autoridade. Nos referimos a estar assentado à direita de Deus como primazia, porque nos relacionamentos sociais dos homens, a posição à direita, ocupada pelo hóspede era o lugar de mais alta honra".[24]
É interessante e instrutivo usarmos alguns exemplos bíblicos para mostrar essa associação que existe entre a mão direita e o poder. Êxodo 15:6 proclama: "A tua destra, ó SENHOR, e gloriosa em poder". O Salmo 98:1 e o Salmo 110:1 associam a destra de Deus com a vitória sobre os inimigos. Quando a Bíblia fala de Jesus sentado à direita de Deus, ela quer dizer que Jesus tem todo o poder de autoridade de Deus. O próprio Jesus deixou isso claro, em Mateus 26:64: "Entretanto, eu vos declaro que desde agora vereis o Filho do homem assentado à destra do Todo-Poderoso, e vídeos sobre as nuvens do céu". (veja, também, Marcos 14:62; Lucas 22:69). Desse modo, Jesus declarou ter todo o poder de Deus; por conseqüência, ele declarou que ele mesmo era Deus. Os judeus entenderam essas declarações e por causa delas, o sumo sacerdote acusou Jesus de blasfêmia (Mateus 26:65). Aparentemente, o sumo sacerdote conhecia o significado dado à mão direita no Velho na e, assim compreendeu que Jesus estava afirmando ter o poder de Deus e ser Deus. I Pedro 3: 22 demonstra que a "Destra" significa que Jesus tem todo o poder e autoridade: "O qual, depois de ir para o céu, está à destra de Deus, ficando-lhe subordinados anjos, e potestades, e poderes". Do mesmo modo, Efésios 1:21-22 usa essa expressão para dizer que Jesus tem primazia sobre todo principado, e potestade, e poder, e domínio e de todo nome. Essa passagem liga, também, a mão direita com a exaltação de Cristo. Nesse contexto, Ato 5:31 afirma: "Deus, porém, com a sua destra, o exaltou a príncipe e Salvador, a fim de conceder  a Israel arrependimento e a remissão de pecados". (veja, também, Salmos 110:1; Atos  2:33 e 34).
 Ato 5:31 indica que a mão direita ou braço de Deus, às vezes, se referem especificamente o poder de salvação de Deus. Muitos outros versículos das Escrituras falam da desta de Deus como representando a libertação e a vitória que Deus como concede a seu povo (Êxodo 15:6; Salmo 44:3; Salmo 98:1). Isaías 59:16 diz: "O seu próprio braço e lhe trouxe a salvação". Parece, portanto, que a discrição de Jesus à direita de Deus significa que Jesus é o poder salvador de Deus. Esse conceito está de acordo com a associação da posição de Jesus à direita de Deus e seu papel mediador, particularmente sua obra como nosso intercessor e sumo sacerdote (Romanos 8:34; Hebreus 8:1).
Mesmo compreendendo a destra de Deus dessa maneira, podemos ainda nos deixar intrigar porque  a Bíblia fala, às vezes, de Jesus "Assentado " à direita de Deus (como em Hebreus 10:12) em vez de simplesmente dizer que ele está à direita de Deus (como em Romanos 8:34). É provável que essa frase, em particular, indique que Jesus recebeu  completa glória, poder e autoridade, a um determinado ponto, no tempo. Essa exaltação começou com sua ressurreição e se completou com sua ascensão. Naquele momento ele se libertou de todas as limitações humanas e restrições físicas da auto limitação à qual Jesus se submetera na encarnação, como está descrita em Filipenses 2:6-8. Ele cumprira seu papel como homem sobre a face da terra.
Jesus não está mais submisso a fragilidade e fraquezas humanas. Não é mais o servo sofredor. Sua glória majestade e seus outros atributos divinos não estão mais escondidos do espectador casual. Ele, agora, exerce seu poder como Deus, através de um corpo humano glorificado. Agora, ele mostra e se mostrará, como o Senhor de  tudo, o Justo Juiz, e o Rei de toda terra. Foi por isso que Estevão não viu Jesus como o homem comum que Ele parecia ser quando estava na terra, mas viu a Jesus com a glória e o poder de Deus. Assim, também, João viu Jesus revelado como Deus em toda sua glória e poder (Apocalipse 1). Essa exaltação, glorificação e revelação de Cristo culminou em sua ascensão. Marcos 16:19 diz: "De fato o Senhor Jesus, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e assentou-se a à destra de Deus".
A frase "Assentou-se" indica que a obra sacrificial de Cristo não vai continuar, mas está completa. "Depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade nas alturas”.(Hebreus 1:3). “Ora, todos sacerdotes se apresentam dia após dia a exercer o serviço sagrado e a oferecer muitas vezes os mesmos sacrifícios... Jesus, porém tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, a sentou-se à destra de Deus, aguardando, daí em diante, até que os seus inimigos sejam postos por estrado dos seus pés”.(Hebreus 10:11-3).
Em resumo, encontraríamos muitas contradições se interpretássemos a descrição de Jesus à destra de Deus como significando um posicionamento físico de dois Deuses, com corpos separados. Se entendermos essa descrição como simbolizando poder, força, autoridade, a preeminência, vitória, exaltação e capacidade de salvar de Jesus, manifestados na carne, então eliminaremos os conceitos conflitantes. Mais que isso, essa interpretação condiz com o uso da expressão "A mão direita de Deus", através de toda a Bíblia. A "Mão direita" revela a onipotência e a absoluta divindade de Jesus e sustenta a mensagem de um Deus em Cristo.
Voltando à questão original, o que Estevão, realmente, viu? Está claro que ele viu Jesus. Isaías 40:5, com referência à vinda do Messias, diz: "A glória do SENHOR se manifestará, e toda a carne a verá". Jesus é a glória de Deus revelada. Estevão viu a glória de Deus, quando ele viu Jesus. Ele viu Jesus irradiando a glória que possuía como Deus e com todo o poder e autoridade de Deus. Em resumo, ele viu o Cristo exaltado. Ele viu Jesus, não simplesmente como homem, mas como o próprio Deus, com toda a glória, poder e autoridade. Por isso ele invocou a Deus dizendo: “Senhor Jesus, recebe o meu Espírito! (Atos 7:59)”.
As Saudações Nas Epístolas
A maior parte das epístolas apresenta uma saudação que menciona Deus, o Pai e o Senhor Jesus Cristo. Paulo, por exemplo, escreveu: "Graça a vós outros e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo" (Romanos 1:7), e: "Graça a  vós outros e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo" (I Corintios 1:3). Será que essas expressões indicam uma separação de pessoas? Se as interpretássemos assim, teríamos que responder a sérias questões.
Primeiro, por que essas saudações não mencionam o Espírito Santo? Ainda que elas sejam interpretadas como ensinando uma separação de pessoas, elas não comprovam a doutrina da trindade. Assim interpretadas essa saudações poderiam ensinar o binitarianismo; poderiam, também, relegar o Espírito Santo a um papel menor, na trindade.
Segundo, se interpretarmos outras passagens semelhantes para indicar pessoas separadas na divindade, poderemos, facilmente, encontrar quatro pessoas na divindade. Por exemplo, colossenses 2:2 fala do "Mistério de Deus, Cristo". Outros versículos das escrituras falam sobre o "Senhor Jesus e Deus Pai" (Colossenses 3:17; Tiago 1:27) ou "Nosso Deus de Pai" (I Tessalonicenses 1:3). I Tessalonicenses 3:11 diz: "Ora, o nosso mesmo Deus de Pai, com Jesus, nosso Senhor, dirijam-nos o caminho até a vós". Portanto, se e separa diferentes pessoas, temos, pelo menos, quatro pessoas: Deus, o Pai, o Senhor Jesus Cristo, e Espírito Santo.
Se as saudações não indicam pluralidade de pessoas na divindade, o que elas significam? Fazendo referência ao Pai e a nosso Senhor Jesus Cristo, os escritores estavam dando ênfase aos dois papéis de Deus e a importância de o aceitarmos em ambos os papéis. Não apenas precisamos acreditar em Deus como nós criador e Pai, mas devemos aceitá-lo, também, manifestado em carne, através de Jesus Cristo. Todos devem saber que Jesus veio na carne e que ele é tanto Deus como Cristo (Messias). Conseqüentemente, as saudações reforçam a crença, não apenas em Deus, que os judeus e muitos pagãos aceitavam, mas, também, em Deus revelado em Cristo.
Isso explica por que era desnecessário mencionar o Espírito Santo; o conceito de Deus, como Espírito, estava encerrado no título de Deus pai, especialmente na mente dos judeus. Precisamos nos lembrar, também, que a doutrina da trindade não surgiu senão muito mais tarde, na história da igreja. (veja o Capítulo 11 - TRINITARIANISMO: DEFINIÇÃO E DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO.) Portanto, essas expressões não soavam nem um pouco estranhas aos escritores ou aos leitores.
Um estudo do original grego é muito interessante, em relação a essas passagens onde encontramos as saudações. [25] A palavra traduzida por e vem da palavra Grega Kai. Ela pode ser traduzida como" e" ou como" até " (no sentido de" isto é" ou" que é igual a"). Por exemplo, a versão KJV traduz kai como" e" em II Corinthians 1:2 mas como" até " em verso 3. Verso 2 diz," de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo," enquanto o verso 3 diz," Deus, até o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo". Verso 2 poderia aparecer corretamente como," de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo". O KJV traduz kai até " como" em vários outros lugares, inclusive as frases" Deus, até o Pai" (I Corinthians 15:24; Tiago 3:9) e" Deus, até nosso Pai" (I Tessalonicenses 3:13). Assim as saudações poderiam se  ler da mesma maneira que," de Deus nosso Pai, até o Senhor Jesus Cristo". Para apoio adicional disto, o grego não tem o artigo definido (" o") antes de" Senhor Jesus Cristo" em quaisquer das saudações. Assim, ainda que traduzimos kai como" e," as frases se lêem literalmente," de Deus nosso Pai e Senhor Jesus Cristo."
Pode ser traduzido como "e" ou como "igualmente" (no sentido de "isso é" ou "que é igual a"). Por exemplo, o KJV traduz kai como "e" em II Coríntios 1:2, mas como "igualmente" no verso 3. O Verso 2 diz, "de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo", enquanto o verso 3 diz, igualmente "Deus,  o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo". O Verso 2 poderia  aparecer-se corretamente como, "de Deus nosso Pai, igualmente do Senhor Jesus Cristo". O KJV traduz kai "igualmente" como em vários outros lugares, inclusive as frases "Deus, ao Pai" (I coríntios 15:24; Tiago 3:9) e “igualmente, Deus nosso Pai" (I Tessalonicenses 3:13). Assim as saudações poderiam ser lidas da mesma maneira que facilmente, "de Deus nosso Pai, igualmente o Senhor Jesus Cristo". Para apoio adicional disso, o grego não tem o artigo definido ("o") antes de "Senhor Jesus Cristo" em quaisquer das saudações. Assim, igualmente se traduzirmos kai como "e", as frases lidas ao pé da letra, "de Deus nosso Pai e Senhor Jesus Cristo”.
Mesmo quando kai é traduzida como "e", os tradutores, a maior parte das vezes, concordam que a frase indica apenas um ser ou pessoa. Abaixo estão alguns exemplos:
 O Uso de Kai
Lista 9: O Uso do Kai

Referência bíblica
Versão
Tradução
1
Galatas 1:4
KJV
Deus e nosso Pai


NIV
nosso Deus e Pai


ABA
nosso Deus e Pai
2
Efésios 5:5
KJV
O reino de Cristo e de Deus


NIV
O reino de Cristo e de Deus


NIV (nota de rodapé)
Ou' reino de Cristo e Deus’
3
Colossenses 2:2
KJV
O mistério de Deus, e do Pai, e de Cristo


NIV
O mistério de Deus Isto é, Cristo


NIV (nota de rodapé)
Alguns manuscritos, ‘Deus o mesmo o Pai, e de Cristo’


TAB
Deus [que é] o Cristo
4

KJV
A graça de nosso Deus e o Senhor Jesus Cristo


NIV
A graça de nosso Deus e o Senhor Jesus Cristo


NIV (nota de rodapé)
Ou' Deus e Senhor, Jesus Cristo’
5
I Timoteo 5:21
KJV
Antes Deus, e o Senhor Jesus Cristo


NIV
À vista de Deus e Cristo Jesus
6
Tito 2:13
KJV
O grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo


NIV
Nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo


TAB
Nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus
7
II Pedro 1:1
KJV
Deus e nosso Salvador Jesus Cristo


NIV
Nosso Deus e Salvador Jesus Cristo


TAB
Nosso Deus e Salvador Jesus Cristo
8
Judas 4
KJV
O único Senhor Deus, e nosso Deus Jesus Cristo


NIV
Jesus Cristo nosso único Soberano e Senhor


TAB
Nosso único Mestre e Senhor, Jesus Cristo,
Essa tabela mostra que Kai, vezes de às, identifica como de Deus o Pai, mesmo de ou o Jesus, como Deus. Daí fica fácil notar que Kai, às vezes identifica Jesus como Pai, uma vez que a construção gramatical é semelhante, nos três casos.
Concluímos, então, que as saudações não indicam qualquer distinção de pessoas em Deus. No máximo, o uso de Kai nesses casos, indica uma distinção de papéis, manifestações ou nomes pelos quais o homem conhece Deus. Em pelo menos alguns casos, o uso de Kai realmente identifica Jesus como sendo Deus - como sendo Pai.
"A Bênção Apostólica"
II Corintios 13:13 diz: "A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós". Ainda uma vez devemos nos lembrar que Paulo escreveu esse versículo das Escrituras, num tempo quando o trinitarianismo não era senão uma doutrina no futuro, e, portanto, o versículo, na época não parecia complicado ou incomum. Basicamente, o versículo expressa três aspectos o atributo de Deus que podemos conhecer e obter. Primeiro, a graça de Deus. Deus tornou sua graça acessível à humanidade através de sua manifestação na carne, Jesus Cristo. Em outras palavras, favor imerecido, ajuda divina, e salvação vem até nós pela obra expiatória de Jesus. Deus é amor, e amor sempre tem sido parte da sua natureza básica. Ele nos amou antes mesmo de se envolver em carne, como Cristo. E, finalmente, o batismo do Espírito Santo nos dá comunhão com Deus e com nossos companheiros que crêem: "Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo” - o corpo de Cristo (I Corintios 12:13). Tendo Espírito de Deus habitando em nós, não a presença do corpo físico de Jesus Cristo, temos um relacionamento contínuo e atual com Deus, de modo diferente daquele disponível aos santos no Velho Testamento.
II Coríntios 13:13 é lógico e compreensível, quando o interpretamos como os três importantes relacionamentos que Deus compartilhou conosco ou como três diferentes obras, executada por um único Espírito. Há diversidade de operações, mas apenas um Deus operando tudo em todos (I Corintios 12:4-6).
Outras Tríplices Referências Nas Epístolas E Apocalipse
Diversos outros versículos das Escrituras estabelecem a identidade de Deus através de três títulos ou nomes. Entretanto, muitos mais versículos usam apenas duas identificações para Deus em particular, Deus e Senhor Jesus Cristo. Mas, a maior parte dos versículos das Escrituras usam apenas uma designação para Deus. Nas referências tríplices não parece haver qualquer significado especial no que diz respeito à divindade; nenhuma delas implica em separação de pessoas. Vamos analisá-las, uma de cada vez.
Efésios 3:14-17 usa os seguintes títulos para descrever Deus: "Pai", "Espírito", e "Cristo". De modo interessante, essa passagem da ênfase a um único Deus, sem distinção de pessoas, porque ela descreve o Espírito, I, como o Espírito do Pai e, então, como Cristo em nosso coração. Embora a KJV não seja clara a respeito do significado de "Seu", as NIV, TAB, RSV, e o texto grego de Nestle, demonstram claramente que "Seu Espírito" significa "O Espírito do Pai". Assim, nessa passagem, o Pai, o Espírito, e Cristo são todos identificados como o mesmo ser. A única distinção se acha na frase: "Pai de nosso Senhor Jesus Cristo", que distingue entre o Espírito de Deus e sua manifestação na carne.
Efésios 4:4-6 afirma que há um Espírito, um Senhor e um Deus e Pai. Outra vez, isso prova a unicidade de Deus. O único Deus é Espírito e Ele é o Senhor de tudo. A idéia básica expressa nesses versículos é a da unicidade de Deus, não a de uma triplicidade. Por que esse pensamento foi reafirmado de três maneiras diferentes? O versículo 4 relaciona o único Espírito com a afirmativa de que há um corpo, lembrando-nos que o único Espírito de Deus nos batiza no único corpo ( I Coríntios 12:13). O versículo 5 agrupa "um Senhor", "uma fé" e "um batismo", indicando que devemos condicionar nossa fé e nosso batismo à pessoa, ao nome e à obra do Senhor Jesus, não apenas a uma crença em Deus como Espírito. O versículo 6 resume tudo, dizendo: "um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos (isto é, Senhor), age por meio de todos e está em todos (isto é, é o Espírito em você)". O único Deus é o único Senhor e o único Espírito.
Uma interpretação trinitarianista de Efésios 4:4-6 não é lógica porque separa Jesus de Deus. Se esses versículos afirmam a existência de três pessoas, elas seriam: Deus e pai, Senhor, Espírito. Essa afirmação implica que o Pai é Deus num modo em que Jesus não o é. É contra a teoria da trindade pensar em Jesus como separado de Deus. Os trinitarianista devem ser coerentes com sua teoria e aceitar Jesus como o único Deus da Bíblia ou então abandonar sua teologia de um único Deus.
De acordo com Hebreus 9:14, Cristo se ofereceu a Deus através do Espírito eterno. O assunto do versículo é o sangue de Cristo, portanto obviamente, o versículo se refere ao papel humano e intercessor de Cristo. Como Cristo ofertou seu grande sacrifício? Através de sua natureza divina -- o Espírito eterno -- que não é outro senão o Pai. No Getsêmani, Jesus orou ao Pai e recebeu dele força para suportar a crucificação. Esse versículo ensina, simplesmente, que Cristo foi capaz de oferecer seu corpo humano a Deus, através do auxílio do Espírito de Deus.
Do mesmo modo, I Pedro 3:18 diz que Cristo foi condenado à morte na carne, mas reviveu (foi revivido) pelo Espírito para que ele pudesse nos levar a Deus. Sabemos que Jesus ressuscitou a si mesmo de entre os mortos por seu próprio Espírito divino (João 2:19-21; Romanos 8:9 -11). Em outras passagens da Bíblia diz que Deus ressuscitou Jesus de entre os mortos (atos 2:32). Assim, temos o homem Cristo ressuscitado dos mortos pelo Espírito de Deus -- a natureza divina de Cristo -- para reconciliar com Deus a humanidade.
I Pedro 1:2 menciona a presciência de Deus Pai, a santificação do Espírito e o sangue de Jesus. Esse versículo descreve, simplesmente, diferentes aspectos de Deus e em relação à nossa salvação. Primeiro, presciência, é parte da onisciência de Deus, e Ele a tinha antes da encarnação e antes da posterior emanação do Espírito. Assim, é natural que nós a associe mos com papel de Deus como Pai. Em segundo lugar, Deus não tem sangue a não ser pelo homem Jesus, assim é mais natural dizer o sangue de Jesus, que o sangue de Deus e o sangue de Espírito. Finalmente, somos santificados, colocado separados do pecado, pelo poder da presença de Deus habitando em nós, ele, portanto, Pedro, naturalmente, falou da santificação pelo Espírito. Quanto a II Coríntios 13:13, a Bíblia usa o modo mais lógico para descrever esses atributos ou ofícios de Deus, isto é associando-se com os papéis, nomes, ou títulos que Deus possui.
Judas 20 e 20 é um outro versículo das escrituras semelhante a esse. Fala de oração Espírito Santo, do amor de Deus, e da misericórdia de Jesus. Como antes, podemos entender isso facilmente como expressando diferentes operações de Deus pelo uso de papéis mais intimamente associados com essas obras.
Apocalipse 1:4 e 5 dizem: "Graça e paz a vós outros, da parte daquele que é, que era e que há de vir, da parte dos sete Espíritos que se acham diante do seu trono, e da parte de Jesus Cristo". De acordo com o versículo 8, Jesus é Aquele" que é, que era e que há de vir". Ele é aquele que está assentado no trono (Apocalipse 4:2 e 8). Os sete  Espíritos pertencem a Jesus  (Apocalipse 3:1; 5:6). Esta passagem, portanto, nos mostra, simplesmente, variados modos de olhar para o único Deus, que é Jesus Cristo. Versículo 5 menciona Jesus Cristo, além da descrição precedente de Deus, a fim de enfatizar sua humanidade, porque esse versículo chama Jesus de primogênitos  dos mortos.
Se uma pessoa entender que essa passagem significa a existência de três pessoas, o que a impediria de dividir o Espírito em sete pessoas, baseada no versículo 4? Também o versículo 6 fala de  "Seu (de Jesus Cristo) Deus e Pai", e a mesma lógica acharia ai duas pessoas -- Deus e Pai.
Resumindo, diversos versículos das escrituras usam três títulos ou nomes para Deus. Em cada caso a Bíblia usa uma maneira muito natural e fácil de entender, a fim de descrever uma pluralidade de papéis, atributos, ou ofícios de Deus. Em muitos casos, esses versículos, na realidade, providenciam a maior evidência de que a um só Deus, sem distinção de pessoas.
A Plenitude De Deus
Neste livro temos destacado Colossenses 2:9 várias vezes, porque ensina que toda a plenitude da Divindade habita, corporalmente, em Jesus Cristo. Entendemos que isso significa que tudo o que Deus possui -- seus atributos, poder e caráter -- está em Jesus. Pai de Filho e Espírito Santo, Jeová, Verbo, etc., estão todos em Jesus. Alguns trinitarianista tentam rebater essa interpretação referindo-se a Efésios 3:19, que diz que como cristãos, podemos ser tomados de toda a plenitude de Deus. Portanto, argumentam, Colossenses 2:9 não indica a plena divindade de Jesus mais do que Efésios 3:19 indica a plena divindade dos cristãos. Vamos responder a esse argumento, analisando esses dois versículos, um de cada vez.
Colossenses 2:9 não se refere a plenitude da divindade do mesmo modo que Efésios 3:19. Imediatamente após afirmar que toda a plenitude da divindade habita corporalmente em Jesus, a Bíblia acrescenta: "Também nele estais aperfeiçoados. Ele é o cabeça de todo principado e potestade” · (Colossenses 2:10). Em outras palavras, tudo aquilo que necessitamos está em Jesus, e Jesus é onipotente. Essas afirmativas se baseiam no versículo 9, e, portanto, o versículo 9 deve realmente significar que tudo que Deus possui está em Jesus.
De fato, esse é a única conclusão lógica, em relação a esse ponto, com base no assunto tratado pelo livro. Os capítulos 1 e 2 fazem a seguintes declarações a respeito de Jesus:
Lista 10: A Plenitude Da Divindade De Jesus Afirmada Em Colossenses


Verso
Descrição de Jesus
1
1:15
Ele é a imagem do Deus invisível
2
1:16
Ele é o Criador de todas as coisas
3
1:17
Ele está antes de todas as coisas (Eterno)
4
1:17
Nele tudo subsiste
5
1:18
Ele é a Cabeça da igreja
6
1:18
Ele tenha a primazia
7
1:19
Nele reside toda a plenitude de Deus
8
1:20
Ele reconciliou com Deus todas as coisas
9
2:3
Ele tem todos os tesouros da sabedoria e conhecimento (Onisciência)
10
2:5
Devemos ter fé nele
11
2:6
Devemos andar nele
12
2:7
Devemos ser radicados e edificados nele
13
2:9
Toda a plenitude da Divindade habita nele corporalmente
14
2:10
Nele estamos aperfeiçoados
15
2:10
Ele é a Cabeça de todo o principado e potestade (Onipotência)
Devemos notar que em Colossenses 2: 2 o assunto é "O mistério de Deus, Cristo", ou como diz a NIV "O mistério de Deus, a saber, Cristo". O versículo 9 é apenas uma elaboração ou explicação complementar desse mistério. O mistério de Deus (Cristo) é que toda a plenitude da divindade habita em Cristo. Assim, vemos, pelo contexto, que Colossenses 2:9 é uma explicação da completo divindade de Cristo.
A palavra grega para Divindade, em Colossenses 2:9 é Theotes. A palavra corporalmente nos lembra a palavra encarnação que significa a corporificação de um Espírito em forma terrena. Juntando ambos, Colossenses 2:9 nos diz que Jesus é a encarnação da plenitude de Deus -- Ele é a manifestação corpórea de tudo que Deus é. A Bíblia amplificada traduz Colossenses 2: 9: "Porque nele toda a plenitude da Divindade continua a habitar em forma corpórea -- dando completa expressão à natureza divina". Ela traduz Colossenses 1:19 como: "Porque foi do agrado do Pai que toda divina plenitude -- a soma total de perfeição, dos poderes e dos atributos divinos --  habitassem nele permanentemente. A NIV traduz Colossenses 2:9 como: "Porque em Cristo toda a plenitude da Divindade habita em forma corpórea". E traduz Colossenses 1:19 com: "Por que foi do agrado de Deus ter toda sua plenitude habitando nele".
Buscando outras traduções de Colossenses 2:9 encontramos, no Novo Testamento do Século Vinte: "Porque em Cristo a Divindade habita encarnada em toda sua plenitude". O Novo Testamento em inglês moderno (J. B. Phillips) diz: "É nele que Deus se expressa completo e perfeitamente (dentro dos limites físicos que ele mesmo se impôs em Cristo)"; e, Cartas Vivas: parafraseando as Epístolas diz: "Porque em Cristo existe tudo de Deus em um corpo humano". 
Fica claro, portanto, que Colossenses 1:19 e 2:9, descrevem a completa Divindade de Jesus Cristo. Não podemos corretamente, aplicar a nós mesmos as afirmativas encontradas em Colossenses 1 e 2. Não somos a encarnação da plenitude de Deus. Nem somos oniscientes, onipotentes, etc. seja o que for que Efésios 3:19 queira significar, não pode ser a mesma coisa que Colossenses 1:19 e 2: 9.
O que Efésios 3:19 quer dizer, então, quando afirma: "Para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus?” Quando observamos o contexto, vemos o que a passagem enfatiza: os cristãos poder que a plenitude de deus neles porque eles têm a Cristo. Uma vez que Cristo é a plenitude de Deus, quando temos Cristo em nós, temos a plenitude de Deus. O versículo 17 fala de Cristo habitando nosso coração, e o versículo 19 nos diz que podemos ter a plenitude de Deus, quando temos a Cristo. Longe de negar a divindade absoluta de Cristo, Efésios 3:19 estabelece, uma vez mais, tem tudo que há em Deus está em Cristo. Colossenses 2:10 reforça essa interpretação da passagem em Efésios, afirmando: também nele (Cristo) estás aperfeiçoados". A NIV o torna ainda mais claro: "Em Cristo recebereis  a plenitude...”Do mesmo modo a TAB diz: "E estais nele, tornados defeitos e tendo alcançado a plenitude de vida -- em Cristo estais plenos da Divindade".
Isso traz à tona uma questão: em que um cristão difere do homem Cristo, se ambos têm residente em si, a plenitude da Divindade? A resposta é Jesus é Deus revelado na carne. Ele tem sua natureza divina porque ele foi concebido pelo Espírito de Deus. Sua natureza humana tem a natureza divina habitando-a, mas sua natureza divina Deus. Portanto, nada pode, jamais, separa Jesus de sua divindade. Podemos viver sem o Espírito de Deus em nós e Espírito pode se afastar de nós, mas isso não pode acontecer com o homem Jesus. Cristo tem todos os atributos e o caráter de Deus como sua própria natureza, enquanto nós o temos apenas por que Cristo habita em nós. A natureza de Deus não é a nossa. Podemos deixar que ela brilhe em nós e nos oriente (caminhando segundo o Espírito), mas, também, podemos sufocá-la e deixa a nossa própria natureza humana predomina (caminhando segundo a carne). Jesus Cristo tem toda a clínica de Deus culturalmente, porque ele é o próprio Deus e encarnado. Podemos ter a plenitude de Deus em nossas vidas apenas quando permitimos que Jesus Cristo viva em nós.
Há, ainda, um outro aspecto que devemos considerar com respeito a Colossenses 2:9. Alguns apontam que o propósito de Paulo ao escrever a passagem não era se opor ao trinitarianismo, mas sim ao Gnosticismo. Paulo, naturalmente, não dirigiu sua argumentação diretamente contra o trinitarianismo, pois essa doutrina não havia surgido ainda! Paula estava, sem dúvida, se colocando contra a crença Gnóstica que sustentava ser Cristo uma emanação inferior do supremo Deus. Permanece, no entanto, o fato de que a linguagem de Paulo, inspirada pelo Espírito Santo, exclui o trinitarianismo. Colossenses é, claramente, uma afirmação da crença da unicidade. Não importa contra a qual das crenças falsas Paulo estava se opondo; o que permanece e a sua doutrina positiva. A doutrina da unicidade que ele ensinou permanece, com certeza, em oposição ao Gnosticismo, mas permanece, também, contra o trinitarianismo e contra qualquer outra crença que negue o fato de que a completa divindade habita em Jesus Cristo.
Filipenses 2: 6-8
 Essa passagem descreve Jesus Cristo da seguinte maneira: "Pois ele, subsistindo em forma de Deus não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se e semelhança de um homem; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz". A NIV diz: "Aquele que, sendo Deus em sua própria natureza, não considerou a igualdade com Deus como algo a ser alcançado, antes, seu humilhou, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens. E, sendo achado semelhante ao homem, humilhou-se e se tornou obediente até a morte -- e morte na cruz”!
Aparentemente, esse versículo está afirmando que Jesus e tinha a natureza que Deus, que Ele era o próprio Deus. Deus não tem nenhum igual (Isaías 40:25; 46:5 e 9). O único modo pelo qual Jesus pode ser igual a Deus é sendo Deus. Assim, Jesus era igual (o mesmo que) Deus no sentido de que ele era Deus. Entretanto, Ele não considerou suas prerrogativas de Deus como algo a ser seguro ou mantido a qualquer custo, mas Ele desejou por tudo isso de lado e assumir a natureza humana para que pudesse salvar a humanidade perdida. Ele voluntariamente, se humilhou, servo obediente, e se entregou à morte de cruz.
Os trinitarianistas interpretam esse versículo das Escrituras como descrevendo 2 pessoas na divindade-Deus Pai e Deus Filho. Sob esse ponto de vista, o Filho tinha a mesma natureza do Pai, mas não era o Pai. Eles argumentam que o Filho divino encarnou, não o Pai. Muitos trinitarianistas argumentam ainda que na encarnação esse Filho divino se submeteu ou se esvaziou de muitos de seus atributos como Deus, inclusive da onipresença. Assim, eles falam do Kenosis ou esvaziamento de Cristo que vem da palavra grega Kenoo, na primeira parte do versículo 7. Embora essa palavra contenha em seu significado o conceito de "Esvaziar", muitas versões não escolhem esse significado. Aqui são três traduções para Kenoo, em Filipenses 2:7 "Aniquilou se a si mesmo" (KJV), "Anulou se" (NIV), e "Desde o jogo se (de todos os privilégios e méritos legítimos)" (TAB).
Do ponto de vista da unicidade Jesus não é Deus Filho, mas é tudo que Deus é, inclusive o Pai é Filho. Assim, em sua divindade, Ele é verdadeiramente igual ou idêntico a Deus. A palavra é igual, aqui significa que a natureza divina de Jesus era a própria natureza de Deus Pai. Jesus não se despojou dos atributos da divindade, antes se despojou de suas prerrogativas legítima como Deus, enquanto habitou, como homem, entre os homens. O Espírito de Jesus e que era o próprio Deus, jamais perdeu nada de sua onisciência, onipresença ou onipotência.
Esse versículo se refere unicamente às limitações que Jesus impôs-se a si mesmo com respeito à sua vida humana. Como as três traduções, antes citadas, indicam, o Kenosis de Cristo consistiu numa entrega voluntária da glória e dos méritos, e não numa entrega de sua natureza de Deus. Cristo, como o homem, não recebeu a honra que lhe era devida como Deus. Em vez de agir em seu legítimo papel de Rei da humanidade, Ele se fez servo da humanidade. Como o homem Ele se submeteu à morte na cruz. Ele não morreu como Deus, mas como o homem. Portanto, esse versículo expressa um pensamento muito bonito: embora Jesus fosse Deus, Ele não insistiu em manter todos os seus direitos de Deus. Em vez disso, Ele, voluntariamente, se despojou de seus direitos à glória e a honra sobre a terra, assumindo a natureza do homem e morrendo. Ele fez tudo isso para nos providenciar a salvação.
Como resultado da humilhação de Cristo, Deus (o Espírito de Jesus) exaltou enormemente Jesus Cristo (Deus manifestado em carne). Jesus tem um nome que é sobre todos os nomes -um nome que representa tudo o que Deus é. O Espírito de Deus deu esse nome a Cristo (Messias), por que Cristo era Deus manifestado em carne. Também, Jesus Cristo tem todo o poder sobre as coisas no céu, na terra, e debaixo da terra. Toda língua confessar que Jesus Cristo é Senhor, dando, dessa maneira, glória Deus Pai, na vez que o Pai está em Cristo. Filipenses 2:9-11 afirma: "Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo o nome, para que o nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e de baixo da terra, e toda linda confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai"
Muitos, talvez a maior parte dos trinitarianistas entendem, na verdade, o Kenosis de Cristo de um modo coerente com a unicidade. Por exemplo, um preeminente estudioso diz que Cristo não "E esvaziou" assim mesmo, realmente, dos atributos da divindade, pois isso significaria a abdicar da divindade, o que faria de Jesus um mero semi-deus. [26] Ao contrário, ele explica a passagem do seguinte modo: Jesus não renunciou à sua divindade, mas a seu ser na forma de Deus. Ele não se desfez de seus atributos divinos, mas o ocultou-os na fraqueza da carne humana. Eles estavam sempre à disposição, mas Ele escolheu não usá-los, ou Ele os usou de um novo modo. Ele impôs limitações a Si mesmo. Sua glória e majestade celestiais não estavam mais aparentes. Resumindo, Ele ocupou sua divindade em na humanidade, mas sua divindade era ainda evidente aos olhos da fé.[27]
Colossenses 1:15-17
 Já explicamos esses versículos no Capítulo 5 - O FILHO DE DEUS, que inclui, ainda, um estudo sobre a pré existência de Jesus,  Seu papel de Criador, e Seu título de primogênito de entre os mortos.
Hebreus 1
Estudamos várias partes dessas passagens no Capítulo  5 – O FILHO DE DEUS, particularmente os versículos 2,3,6, de 8-10.
I João 5:7
Apocalipse  1:1
"Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu." aqui encontramos a distinção entre o eterno Espírito de Deus e o homem Cristo. Apenas o Espírito poderia revelar os eventos do final dos tempos. A humanidade de Cristo não poderia saber essas coisas (Marcos 13:32), portanto, Jesus Cristo as conhecia unicamente através do Espírito. Além disso, a divindade de Cristo não era um produto de sua humanidade, mas a união divino-humana  era um produto da divindade. O livro do Apocalipse não revela apenas as coisas por vir, mas revela também divindade de Jesus Cristo e o conhecimento de ambos devem vir do Espírito de Deus. Muito depressa entendemos que o Apocalipse  revela verdadeiramente Jesus como Deus, porque já no primeiro Capítulo João tem uma visão de Jesus, em toda a na glória e poder de Deus.
Os  Sete Espíritos De Deus
Essa frase aparece em Apocalipse 1: 4,3:1, e 5:6. Será que ela descreve sete pessoas na Divindade? Não, mas se algumas pessoas aplicarem a mesma lógica à essa passagem que usam a respeito de outras passagens das Escrituras, então terão sete pessoas no Espírito. A Bíblia nos faz saber, no entanto, que há apenas um Espírito (I Coríntios 12:13; Efésios 4:4).
Por que, então, Apocalipse fala de sete espíritos? Devemos recordar que Apocalipse é um livro pleno de  simbolismo. Além disso, sete é um número muito simbólico na Bíblia, e, freqüentemente, representa perfeição, conclusão, plenitude. Por exemplo, Deus descansou da criação ao sétimo dia (Gênesis 2:2), o Sabbath do Velho Testamento era ao sétimo dia (Êxodo 20:10), o candelabro no tabernáculo tinha sete velas (Êxodo 25:37), Noé levou sete pares de animais  limpos para a arca (Gênesis 7:2), Jesus disse ao seus discípulos que perdoassem a um irmão sete vezes por dia (Lucas  17:4), e o livro do Apocalipse contém cartas às sete igrejas    (Apocalipse 1:11). Assim, os sete espíritos de Deus indicam, simplesmente, a plenitude e a perfeição do Espírito de Deus. Esse é apenas um modo de dar ênfase a totalidade do Espírito de Deus. A frase pode, também, aludir aos sete aspectos do Espírito registradas em Isaías 11:2, especialmente porque tanto Isaías quanto apocalipse descrevem os sete espíritos como pertencentes a Jesus.
Isso nos leva a um outro ponto: a Bíblia não identifica sete espíritos como sete pessoas separadas ou mesmo como uma pessoa separada. Antes, João nos disse, claramente, que os sete espíritos pertencem a Jesus Cristo (Apocalipse 22:17). Assim, os sete espíritos representam simbolicamente a plenitude e o poder do único Espírito Santo que não é outro senão o Espírito de Jesus.
O Cordeiro Em Apocalipse 5
Apocalipse 5:1 descreve alguém sentado no trono, no céu com o livro (rolo) em sua mão direita. Então, nos versículos 6 e 7 descreve um Cordeiro que vem e toma o livro na mão direita daquele que está sentado no trono. Será que isso significa que há duas pessoas em Deus? Não. Uma vez mais queremos lembrar que o livro do Apocalipse é grande mente simbólico. Primeiro João não viu o invisível Espírito de Deus, ó porque o próprio João disse que o homem a um jamais o vira (João 1:18; I João 4:12). De fato nenhum homem pode ver a Deus (I Timóteo 6:16). Apocalipse 5:5 diz que um "Leão" abriria o livro, mas, em vez disso, no versículo 6, João viu um "Cordeiro". O versículo 6 diz que o Cordeiro tinha sido morto, mas mesmo assim, se movia. Ele tinha sete olhos, que simbolizam os sete espíritos ou o setenário Espírito de Deus (versículo 6) e a onisciência de Deus (Provérbios 15:3). O Cordeiro tinha sete chifres, que segui ficam a plenitude do poder de Deus ou a onipotência de Deus, porque os chifres, na bíblia, usualmente, simbolizam poder. (veja Zacarias 1:18 e 19; Apocalipse 17:12-17). Toda a descrição da cena demonstra a natureza simbólica da passagem. Para compreendê-la precisamos descobrir quem é Aquele no trono quem é o Cordeiro.
Apocalipse 4:2 e 8 descrevem Aquele que está no trono como o "Todo-Poderoso, aquele que era, que é e que há de vir". Ainda, em Apocalipse 1:8, Jesus descreve a si mesmo como "O Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso". (veja 1:11-18 e 22:12-16 para mais provas de que é Jesus quem fala em 1:8). Aquele que está no trono é, também, o juiz (Apocalipse 20:11-12) e, sabemos que Jesus será um Juiz de todos (João 5:22 e 27; Romanos 2:16; 14:10 e 11). Podemos, portanto, concluir que aquele que está sentado no trono é Jesus, com toda a sua divindade poder.
O Cordeiro é Filho de Deus-Jesus Cristo em humanidade, particularmente em seu papel sacrificial. O Novo Testamento identifica Jesus como Cordeiro que derramou seu sangue pelos nossos pecados (João 1:36; I Pedro 1:19). É por isso que Apocalipse 5:6 descreve o Cordeiro como sacrificado em. Deus não poderia morrer, e não morreu; apenas à humanidade Jesus morreu. Portanto, o Cordeiro representa Jesus somente em sua humanidade como sacrifício pelo pecado. O restante do V capítulo prova isso, também, ao descrever o Cordeiro como nosso Redentor.
Que se Cordeiro não é apenas o ser humano comum fica evidente uma vez que Ele tenha plenitude do Espírito de Deus, inclusive a onisciência e a onipresença (versículo 6). Ele tem outro papel como Leão da Tribo de Judá e como a raiz de Davi (versículo 5). O Leão significa o papel real de Cristo e sua descendência do rei Davi. Jesus era da tribo de Judá (Mateus 1:1-3; Lucas 3:33), que era a tribo real desde o tempo de Davi. O leão é o símbolo de Judá como soberano (Gênesis 49:9-10). A raiz de Davi faz alusão ao papel de Cristo como origem (criador) de Davi e Deus de Davi.
Há ainda, um outro fato que dá sustento ao nosso ponto de vista de que o Cordeiro representa Jesus em sua humanidade mais do que uma segunda pessoa na divindade. O Cordeiro aparece para abrir o livro que está na mão de Deus. Muitos interpretam esse livro como sendo o documento da redenção. Outros o vêem como símbolo dos mistérios e planos de Deus. De qualquer modo, ele devia ser aberto por um ser humano, porque Deus não nos redimiria nem revelaria a Si mesmo a nós, em seu papel de Deus transcendental. Ele usou sua manifestação em carne humana como um meio tanto para se revelar como para ser nosso parente resgatador. (veja Levítico 25:25; 47-49). Portanto, o Cordeiro representa a humanidade de Cristo.
Muitos eminentes estudiosos trinitarianistas concordam que Apocalipse 5 é simbólico e não descreve Deus Pai no trono e Deus Filho ao lado do trono. The Pulpit Commentary identifica aquele que está no trono como Deus triuno, [28] e o Cordeiro como Cristo, em seu ofício humano. Ele afirma: "O Filho, em seu ofício humano; como indicado por sua forma sacrificial de Cordeiro, pode tomar e revelar os mistérios da eterna divindade, na qual Ele, como Deus, toma parte". [29] Assim, mesmo aos olhos de estudiosos trinitarianistas, essa cena não indica a existência de uma trindade na Divindade.
Podemos concluir que a visão, em Apocalipse 5, descreve, simbolicamente, as duas natureza se e os dois papéis Jesus Cristo. Como Pai, Juiz, Criador e Rei, Ele se assenta no trono; porque em sua divindade Ele é o Senhor Deus Todo-Poderoso.Como Filho, Ele apareceu como um Cordeiro sacrificado; porque em sua humanidade Ele é o sacrifício, morto por nosso pecado. João não viu o invisível Espírito de Deus, mas ele teve uma visão retratando, simbolicamente, Jesus no trono em seu papel de Deus e como um Cordeiro em seu papel de Filho de Deus, sacrificado pelo pecado.
Se uma pessoa insistir em tomar literalmente essa passagem comprovadamente simbólica, então terá que concluir que João não viu duas pessoas de Deus, mas, antes, viu um Deus no trono em um Cordeiro perto do trono. Isso não é lógico, mas revela que o esforço dos trinitarianistas de fazer da passagem uma prova da trindade, é vão.
Outros versículos do Apocalipse tornam claro que o Cordeiro não é uma pessoa separada de Deus. Em particular, Apocalipse 22:1 e 3 falam do "Trono de Deus e do Cordeiro", referindo-se ao único trono de 4:2 e 5:1. Depois de mencionar "Deus e o Cordeiro", Apocalipse 22:3 falam dos "Seus servos", e o versículo 4 se refere a "Sua face" e seu "Nome". O Cordeiro e a glória de Deus iluminam a Nova Jerusalém (Apocalipse 21:23), embora o Senhor Deus seja a luz (Apocalipse 22:5). Portanto, "Deus e o Cordeiro" são um único ser. A frase se refere a Jesus Cristo e indica sua dual natureza.
Concluímos que Apocalipse 5, simbólica por natureza, revela a unicidade de Deus. Ela descreve Um no trono, mas descreve, também, um Leão, uma Raiz e um Cordeiro. Será que essa descrição revela quatro seres na divindade? Claro que não. Há, antes, apenas Um no trono. O Leão, a Raiz, e o Cordeiro representam, todos de forma simbólica, as características e as qualificações do Único digno de abrir os selos do livro. O Leão nos diz que Ele é o Rei da tribo de Judá. A Raiz nos fala que Ele é o Criador. O Cordeiro nos conta que Ele é Deus encarnado em nosso sacrifício. É apenas nesse último papel que Ele pode ser nosso Redentor, e pode abrir o livro. Portanto, Apocalipse 5 ensina que há um Deus e esse único Deus veio na carne como o Cordeiro (o Filho) para se revelar a humanidade e redimir o homem do pecado.
Porque Permite Deus Que Existam Versículos Sujeitos À "Confusão"?
Muitas pessoas perguntam: “Se a doutrina da unicidade e correta, porque Deus permite a alguns versículos que, aparentemente, trazem confusão ao assunto?” Por exemplo, se deus pretendia que batizássemos em nome de Jesus, porque permitiu que Mateus 28:19 fosse registrado tal como se encontra? Mesmo entendendo que esse versículo significa que devemos batizar no nome de Jesus Cristo, ele não é uma fonte desnecessária de confusão?
Nossa resposta dupla. Primeiro esses versículos das escrituras não trazem confusão, quando lidos no contexto original. Deus não pode ser responsabilizado pelos enganos dos homens. O versículo, como está registrado em Mateus, era compreendido perfeitamente, na época apostólica, e não é culpa de Deus que mais tarde os doutrinadores tenham torcido o significado das escrituras, interpretando-a fora do contexto.
Segundo, Deus, às vezes, tem o propósito a apresentar a verdade de modo a deixá-la meio oculto. Em Mateus 13:10, por discípulos perguntaram a Jesus porque ele falava ao povo em parábolas. Ele explicou que os mistérios do Reino dos céus não eram dados ao povo (versículo 11). Por quê? "Por que, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem entendem... Porque o coração deste povo está em um merecido, de mal grado ouviram com seus ouvidos, e fecharam os seus olhos; para não suceder que vejam com os olhos, ouçam com os ouvidos, entendam com o coração, se convertam e sejam por mim curados". (Mateus 13: 13 e 15). Em outras palavras, o povo não quer, realmente, ouvir, ver e entender mais sobre Deus. Se ele falasse a Ele claramente, talvez entendessem apesar de sua falta de anseio espiritual. Portanto, Jesus falava por parábolas para que apenas àqueles que têm realmente fome e sede de justiça pudessem ser satisfeitos (Mateus 5:6), é que somente aqueles que procurassem diligentemente pudessem encontrar a verdade (Hebreus 11:6). Após dar essa resposta, Jesus continuou a explicar a seus discípulos a parábola que tinha acabado de contar a multidão.
Poderia Deus permitir que alguns versículos das escrituras se tornassem pedra de tropeço àqueles que estão satisfeitos com as tradições dos homens e aqueles que não procuram a verdade sincera e honestamente de todo o coração? Poderia ser que esses mesmos versículos se tornassem grandes revelações para os que honestamente buscam a intenção do Espírito? Se assim for, isso coloca uma grande responsabilidade sobre aqueles que foram instruídos conhecendo a verdade. Se não possuem a fome e o amor pela verdade e iguais àqueles exigidos dos outros, por Deus, eles próprios, eventualmente, abandonaram a verdade             (II Tessalonicenses 2:10-12). Talvez isso explique porque muitos, entre os cristãos, jamais encontrem a verdade; porque alguns que a alcançaram vieram a perdê-la, e porque alguns que possuem pelo menos parte dela acabam perdendo o que tem.
Conclusão
Tendo pesquisado por toda a bíblia nos últimos três capítulos desse livro, concluímos que em nenhum lugar ela ensina a separação de pessoas na divindade. Além disso, não encontramos nem a palavra trindade nem a doutrina da trindade em qualquer lugar da bíblia. De fato, a única vez em que encontramos o número 3 ligado explicitamente a Deus, é no versículo dúbio das escrituras, I João 5:7. Mesmo assim, aquele versículo descreve as manifestações de Deus no céu e concluem que "Esses três são um".
O Novo Testamento, na verdade ensina a dualidade da natureza de Jesus Cristo, e essa é a chave para a compreensão da divindade. Uma vez que obtenhamos a revelação de quem Jesus é, realmente-a saber, o Deus do Velho Testamento habitando em carne - toda a escritura se harmoniza.
É interessante notar duas coisas a respeito dos versículos das escrituras usados pelos trinitarianistas para ensinar a pluralidade de pessoas na divindade. Primeiro, muitos desses versículos na verdade são fortes provas da unicidade. Exemplos: Mateus 28:18-19; João 1:1-14,14: 16-18; I João 2: 23, 5:7. Segundo, muitos desses versículos, se interpretados do ponto de vista trinitarianista, levam a uma doutrina não trinitarianista, tal como o Arianismo, o binitarianismo ou o triteísmo. Por exemplo, muitos usam as corações de Cristo para provar que o Pai é uma pessoa separada do Filho. Se isso significa que o Filho orou em seu papel de Deus (uma pessoa da divindade), somos levados a acreditar na subordinação ou inferioridade de "Deus Filho" em relação a Deus Pai. Essa interpretação destrói a doutrina trinitarianista que afirma que o Filho é equivalente ao Pai, e leva a uma forma de Arianismo.Por outro lado, se o Filho orou em seu papel de homem, então essa explicação sustenta a crença na unicidade e não serve ao trinitarianismo. Esse mesmo argumento destrói os argumentos trinitarianista que se baseiam nos versículos das escrituras que dizem que o Pai é maior que o Filho, que o Filho não tem todo o poder, nem todo o conhecimento.
Do mesmo modo, os argumentos trinitarianistas de que conversas registradas, comunicação de amor e comunicação de conhecimento indicam várias pessoas na divindade, levarão a doutrina errônea. Seus argumentos estabeleceriam três inteligências, três vontades e três personalidades separadas. Caem no erro do triteísmo (crença em 3 deuses)-algo em que os trinitarianistas professam não acreditar. Semelhantemente, se eles argumentam que Estevão viu, literalmente, dois corpos de Deus no céu, não podem fugir ao conceito de uma pluralidade de deuses.
Uma vez que a maior parte dos textos de prova usados pelos trinitarianistas falam de 2, e não de 3, parece que sua interpretação deveria estabelecer o binitarianismo (crença em duas pessoas apenas), ou, pelo menos, uma subordinação do Espírito Santo ao Pai e ao Filho. De qualquer modo, qualquer uma das doutrinas contradiz o trinitarianismo ortodoxo.
Em resumo, muitos dos assim chamados textos de prova do trinitarianismo devem ser explicados de modo coerente com a unicidade ou levarão as doutrinas que são negadas pelos próprios trinitarianistas. Por outro lado, o ponto de vista da unicidade explica claramente de modo harmônico toda a escritura. Ele é coerente com o monoteísmo e estrito do Velho Testamento e preserva a crença cristã no Filho de Deus que morreu por nossa redenção e a doutrina do Espírito Santo que torna real a salvação de nossas vidas.

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